quarta-feira, 28 de setembro de 2016

A bola da vez 

A crueldade sempre esteve presente
Em todos os séculos no mundo das gentes.
A maldade sempre existiu,
Muitos povos destruiu.

Os mais fracos ou em minoria
Sempre foram alvos de selvageria.
Quais eram as armas? Conta!
Arma de fogo e arma branca.

Hoje, o discurso de ódio se encarrega
Das minorias liquidar.
Implanta o preconceito,
Destrói a autoestima e a segurança
De quem sossegado está.

As armas são psicológicas,
Para a alma da vítima esmagar.
É bullying, fofoca, difamação,
Para a índole do perseguido desonrar.

Alguns chegam ao cúmulo do absurdo
De muitas vidas liquidar.
Temos que mudar o cenário.
Aonde isso vai parar?

Muitos já foram alvos.
Índios, negros, ciganos
"Não tinham alma, não eram humanos.”
Judeus, ateus, humanistas
“Eram pagãos, vigaristas”.

Homo, bi, transexuais,
Julgados como anormais.
Baixinho, obeso, magricela,
Sempre encarados com cautela.

Usuários de drogas, ex-detentos, “favelados”,
Como marginais, quase sempre tratados.
Mulheres, crianças, doentes, deficientes:
Frágeis, sub-raça, seres decadentes.

Adeptos das religiões afrodescendentes
Eram pagãos, tinham parte com o capeta.
Quem será a próxima vítima neste planeta?

Somos vítimas do discurso religioso dominante
Que há séculos preconceitos leva adiante.
Mas o que queremos para a humanidade doravante?
Você nunca se enquadrou nos grupos acima perseguidos?
Então, vamos, por igualdade e respeito, lutar sempre unidos.

Somos humanos, eu e você. É isso o que importa.
Diferenças sempre vão haver. E isso nos conforta.
A diversidade é bela, torna-nos mais ricos.
Ricos de conteúdos, formas e biotipos.

Sexualidade, religião, etnia, aparência e status sociais,
Não tornam ninguém diferente, somos todos iguais.
Não somos todos humanos?
Então, vamos um ao outro respeitar.

O contrário, sim, seria profano.
Desigualdade não tem mais lugar.
Vamos acabar com o preconceito de uma vez,
Para termos orgulho do que a nossa gente fez.
E ninguém mais ser a bola da vez.

Katia Viula

Poemas que levam à reflexão sobre a cidadania e a convivência em harmonia com a 
diversidade humana e que combatem todo tipo de preconceito você encontra no ebook 
"Controversos: poesia contemporânea" no site www.amazon.com.br
A estrela maior 

          O Nordeste brasileiro impregnava-me a mente. Não conseguia parar de pensar no dia em que visitaria o Pelourinho, assistiria ao Olodum que sacudia o meu corpo, toda vez que os ouvia tocar na TV. Adorava axé. Tentei aprender uns passos na academia, mas o que eu gostava, mesmo, era de dançar solta, livremente, criando os meus próprios passos.
          Adorava a comida nordestina. De vez em quando, ia à feira de São Cristóvão, só para ouvir o forró, caminhar pelas lojas de redes e tapetes nordestinos e beliscar algumas guloseimas que só se encontra em centros de tradição nordestina. Adorava comprar tapioca, acarajé e baião de dois. Quando ia acompanhada, parava num dos restaurantes de rodízio de comida nordestina, só para apreciar a carne de sol, o queijo coalho e o aipim frito. Gostava, também, do vatapá e do jabá com jerimum. Muita caloria de uma vez só, mas valia à pena. Era muito raro “meter o pé na jaca”.
          Mas o que mais me impregnava a mente eram as musas baianas, verdadeiras deusas do axé brasileiro. Sonhava com elas. Acordei muitas vezes com elas na minha cama. Estava fazendo amor em meus sonhos. Gostava de todas as cantoras baianas. Achava algo de muito peculiar naquele sotaque nordestino, cada sílaba pronunciada com clareza e ritmo; adorava aquele jeito descolado e espontâneo de ser, que é próprio da Bahia, aquelas vozes mágicas e encantadoras. Era um sotaque bastante musical, eram versos cantados alegremente, como quem está muito realizado na vida afetiva. Era música que me trazia esperança e vida, além de me fazer acreditar no amor. Via-me seguindo aqueles trios elétricos no chão enquanto admirava as minhas estrelas.
          Mas havia uma estrela maior que sempre me cativara e agora, ainda mais, por sua coragem e determinação. Ela estava predestinada a ser feliz, a fazer história e a divulgar para os quatro cantos da terra que não abriria mão da verdade, do amor, doesse a quem doesse. Ela era a mãe de todas as que estavam na estrada e de todas as que estivessem por vir. Daniela, minha doce, linda e cativante Daniela Mercury. Como adorava aquela rainha! Era mãe, esposa, cantora, agente do bem, defensora das crianças, das mulheres e dos homossexuais. Pessoa de bom coração. Menina-mulher. Mulher com alma de menina. Poderosa. Gigante em todos os sentidos. Daniela era um evento, uma entidade beneficente. Um ser completo e crescente. Adorável por sua simplicidade, gigante por sua humanidade e poderosa por seu talento. Cheia de carisma e charme... Sempre amei Daniela. Amo, ainda mais, por ver que encontrou a sua metade. De duas formaram uma. Ambas fortes, destemidas, determinadas e românticas. Uma extrovertida e outra tímida formando uma dupla imbatível. Amo Malu, por fazer a minha estrela maior uma mulher mais bonita, mais realizada e mais feliz ainda.
          Sou grata porque o Brasil, também, dá coisa boa. Gigante pela própria natureza gera pessoas adoráveis como tu. Terra gentil, fecunda, dá à luz estrelas reluzentes como numa noite de luar, estrelas que brilham mais que o sol ao meio-dia.
          Brilha Daniela, mostra ao mundo o que é nosso! Mostra ao mundo que tens luz própria! Mostra a nossa maior riqueza: a nossa gente, o nosso povo! Sinto tesão só de saber que tenho você como referência artística brasileira. Gozo de poder curtir o teu som com letras que me inebriam de tanto prazer.

Katia Viula

Conheça dezenas de contos lésbicos, alguns românticos, outros altamente eróticos no ebook "Ela conta tudo..." de Katia Viula através do site www.amazon.com.br

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Lançamento de "DivaGay" no Rio de Janeiro.


Alguns momentos especiais do lançamento de "DivaGay" na festa de 10 anos da ICM RJ, no Condomínio Tijuca, Maracanã, com declamação de poesia nos vídeos abaixo.


Da esquerda para a direita: Sergio Viula, Luandha Perón, Andre Dias e Katia Viula.






Sergio Viula e Andre Dias,


Katia Viula e Adilson.












Momento de autógrafos:




Danielle Camara à direita e amigas.





Momento de bate-papo com os convidados e declamação de poesia.


Katia Viula declamando:


 "Misoginia" e "Salve a vagina!"


                                       






                                          "Casal coeso" e "Tesão".


                     




segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Meus contos

Meus contos

"Controversos: poesia contemporânea", um ebook de poesia de Katia Viula.

"Controversos: poesia contemporânea", um ebook de poesia de Katia Viula com temática atual que gira em torno da cidadania e da democracia. Neste universo poético, o preconceito e a hipocrisia não têm lugar. 



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"Ela conta tudo...', um ebook de contos lésbicos de Katia Viula.

"Ela conta tudo...", um ebook de contos lésbicos de Katia viula que fala do amor e do prazer entre mulheres sem tabus. Parte da obra é inspirada na vida da autora, em algumas experiências vividas por ela. Você pode ler este ebook por um preço simbólico no site:  https://www.amazon.com.br/s/ref=nb_sb_noss?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&url=search-alias%3Daps&field-keywords=Ela+conta+tudo...



domingo, 11 de setembro de 2016

Lançamento do livro "DivaGay" no Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo, no dia 27 de agosto de 2016.

Celebração do mês da visibilidade lésbica com sarau, debate e lançamento de "DivaGay" de Katia Viula e "Concerto Ariano" de Luciana Guerra Malta.


Lea Carvalho (à esquerda) e  Malu Santos (à direita), representantes da Editora Metanoia.
Katia Viula (no centro).




   Hanna Korich, representante da Editora Malagueta, e 
Katia Viula com seu "DivaGay".







            Algumas fotos das escritoras e representantes das Editoras conversando com o público, falando de suas obras, seu trabalho e respondendo as perguntas dos convidados:


                     























Escritoras com suas obras;

Da esquerda para a direita, em pé:  
Lis Selwyn, Janaína Leslão, Marisa Medeiros, 
 Karina Dias, Priscila Oliveira e Nina Simões. 

Da esquerda para a direita, agachadas: 
Katia Viula e Mayti Ulian.




Da esquerda para a direita
   Malu Santos, Katia Viula,  
Luciana Guerra Malta, 
Priscila Oliveira, Karina Dias, 
Mayti Ulian, Lis Selwyn, 
Marisa Medeiros e Lea Carvalho.



Ismênia Araújo segurando o "DivaGay".




Parte do público presente.




Katia Viula com o seu "DivaGay" e 
Mayti Ulian com o seu  "A dor me enfeita a face".





Katia Viula e a amiga Cristiane Santos. 


                                           
                                             Autografando
                                              "DivaGay".






"DivaGay", um livro de poemas LGBTs com enfoque no amor e no tesão.


"DivaGay", um livro que desconstrói preconceitos e trabalha: a reflexão, o senso crítico, o amor e o erótico de maneira leve e descontraída, com simplicidade, seriedade e senso de humor.


Você pode adquirir o livro "DivaGay" pelo site da Metanoia Editora:






Ambíguas

Somos ambíguas.
Embora amigas,
Amamo-nos de uma forma diferente.
Sentimos um desejo ardente
Por fazer a outra feliz.
Nascemos uma para a outra,
É o que muita gente diz.
Ainda não sabemos, ao certo, o caminho que vamos trilhar.
Mas uma coisa é certa: afastamento, nem pensar.
É uma necessidade
Que vai além da vontade
De amiga apenas ser.
Queremos uma ao lado da outra permanecer.
Acho que é amor para toda vida.
Não importa de que forma a relação seja acolhida.
Estaremos sempre juntas como amantes ou amigas.


Katia Viula

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